terça-feira, 29 de abril de 2008

Marcos Valle - Vento Sul


Nascido no Rio de Janeiro, estudou piano clássico e teoria musical na infância, e mais tarde violão. Começou a freqüentar os bares e casas noturnas que davam espaço para grupos de jazz e jam sessions e formou em 1961 um conjunto com Edu Lobo e Dori Caymmi que chegou a se apresentar algumas vezes. Com seu irmão Paulo Sergio Valle compôs músicas de sucesso e em 1964 lançou o LP "Samba Demais".

No ano seguinte foi para os Estados Unidos, onde Walter Wanderley gravou "Samba de Verão", com grande êxito. "Preciso Aprender a Ser Só" e "Terra de Ninguém" são outros destaques dessa época, junto com "Samba de Maria", "O Amor É Chama", "Viola Enluarada" (gravada em duo com Milton Nascimento), "Dia de Vitória", "Gente", "Seu Encanto" e "Ao Amigo Tom".

Nos anos 70 aproximou-se mais do pop e do soul. Em seguida, compondo trilhas de novelas, sua enorme lista de sucessos passou a incluir ainda "Quarentão Simpático", "Com Mais de Trinta", "Mustang Cor de Sangue", "Os Grilos", "Freio Aerodinâmico", "Que Bandeira", "Black Is Beautiful", "O Cafona", "Não Tem Nada Não".

Nos Estados Unidos, trabalhou com Airto Moreira. Na década de 80 deu uma guinada mais pop e teve alguns sucessos como "Bicicleta". Marcos Valle foi um compositor da chamada "segunda geração" da bossa nova.

Seu estilo suingado e dançante, apoiado em grooves inovadores, adaptou-se à demanda das pistas de dança européias, onde foi relançado com muito sucesso na década de 90, no meio da febre do drum'n'bass, criando um novo estilo, o drum'n'bossa. Seus discos foram relançados e outros foram gravados, especialmente pela gravadora londrina Far Out Records.

O reconhecimento de Marcos Valle é notório não só velho continente. Graças ao seu sucesso, ele tem excursionado também pelos Estados Unidos e Japão. Em 2004, a cantora Emma Bunton, ex-integrante das Spice Girls, gravou uma composição do brasileiro em seu álbum “Free Me”. A música “Crickets Sing for Anamaria”, é uma versão em inglês de “Os Grilos”, escrita pelo compositor, em 1967. A gravação foi considerada pelos críticos britânicos como um dos destaques do CD da cantora.

Em 2005, o compositor lançou “Jet-Samba”. Gravado no Rio de Janeiro, o disco de drum´n´bossa tem como destaques as canções "Selva de Pedra", "Campina Grande" e "Esperando o Messias". O êxito de Jet-Samba” junto a crítica foi confirmado com a sua premiação pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), em 2005. Além disso, o show de lançamento do CD ficou entre os melhores do ano na lista do jornal O Globo.
Segue abaixo o dowload de Vento Sul.

Marcos Valle radicalizou de vez em Vento Sul, o disco mais experimental de sua carreira. Sambas psicodélicos invadiram o repertório, composto em uma aldeia hippie e gravado com integrantes do grupo O Terço. A temática das letras passeia por climas bucólicos, com muitas referências ao ar, à liberdade e à paz. Apesar disso, "Revolução Orgânica" abre o disco com guitarras pesadas e falando de morte. Depois é só calmaria. "Vôo Cego" poderia fazer parte do repertório mais espacial do Grateful Dead, enquanto "Deixa O Mundo E O Sol Entrar", um folk-rock de primeira, chega a emocionar.

Ainda há canções mais inusitadas como "Rosto Barbado" e "Vento Sul", dois belos hinos hippies, a assustadora "Democústico" e a mezzo balada, mezzo hard-rock "Mi Hermoza", cantada quase toda em falsete.

Vento Sul é um disco de rompimento com a música brasileira tradicional e assustou muita gente. Tornou-se de cara um clássico esquecido do rock brasileiro.


Vento Sul

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Rubem Fonseca




Nascido em Juiz de Fora, Minas Gerais, em 11 de maio de 1925, José Rubem Fonseca é formado em Direito, tendo exercido várias atividades antes de dedicar-se inteiramente à literatura. Em 31 de dezembro de 1952 iniciou sua carreira na polícia, como comissário, no 16º Distrito Policial, em São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Muitos dos fatos vividos naquela época e dos seus companheiros de trabalho estão imortalizados em seus livros. Aluno brilhante da Escola de Polícia, não demonstrava, então, pendores literários. Ficou pouco tempo nas ruas. Foi, na maior parte do tempo em que trabalhou, até ser exonerado em 06 de fevereiro de 1958, um policial de gabinete. Cuidava do serviço de relações públicas da polícia. Em julho de 1954 recebeu uma licença para estudar e depois dar aulas sobre esse assunto na Fundação Getúlio Vargas, no Rio. Na Escola de Polícia destacou-se em Psicologia. Contemporâneos de Rubem Fonseca dizem que, naquela época, os policiais eram mais juízes de paz, apartadores de briga, do que autoridades. Zé Rubem via, debaixo das definições legais, as tragédias humanas e conseguia resolvê-las. Nesse aspecto, afirmam, ele era admirável. Escolhido, com mais nove policiais cariocas, para se aperfeiçoar nos Estados Unidos, entre setembro de 1953 e março de 1954, aproveitou a oportunidade para estudar administração de empresas na New York University. Após sair da polícia, Rubem Fonseca trabalhou na Light até se dedicar integralmente à literatura. É viúvo e tem três filhos.
Reconhecidamente uma pessoa que, como Dalton Trevisan, adora o anonimato (o único registro fotográfico que conseguimos foi feito há muitos anos), é descrito por amigos como pessoa simples, afável e de ótimo humor.
Foi, ao longo de sua carreira, agraciado com inúmeros prêmios literários, abaixo descritos.
Sendo profundamente interessado na arte cinematográfica, escreve também roteiros para filmes, muitos deles premiados:
- Coruja de ouro, roteiro Relatório de um homem casado, filme dirigido por Flávio Tambelini.
- Kikito de ouro do Festival de Gramado, roteiro de Stelinha, dirigido por Miguel Faria.
- Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte, roteiro de A grande arte, filme dirigido por Walter Salles Jr.
Seus livros são publicado no Brasil e no exterior, com grande sucesso de crítica e de público:
LIVROS PUBLICADOS NO BRASIL:
Os prisioneiros (contos, 1963),
A coleira do cão (contos, 1965)
Lúcia McCartney (contos, 1967)
O caso Morel (romance, 1973)
Feliz Ano Novo (contos, 1975)
O homem de fevereiro ou março (antologia, 1973)
O cobrador (contos, 1979)
A grande arte (romance, 1983)
Bufo & Spallanzani (romance, 1986)
Vastas emoções e pensamentos imperfeitos (romance, 1988)
Agosto (romance, 1990)
Romance negro e outras histórias (contos, 1992)
O selvagem da ópera (romance, 1994)
Contos reunidos (contos, 1994)
O Buraco na parede (contos, 1995)
Romance negro, Feliz ano novo e outras histórias, Editora Ediouro, Rio de Janeiro, 1996.
Histórias de Amor (contos, 1997)
Do meio do mundo prostituto só amores guardei ao meu charuto (novela, 1997)
Confraria dos Espadas (contos, 1998)
O doente Molière (novela, 2000)
Secreções, excreções e desatinos (contos, 2001)
Pequenas criaturas (contos, 2002)
Diário de um Fescenino (contos, 2003)
64 Contos de Rubem Fonseca (contos, 2004)
Ela e outras mulheres (contos, 2006)
O romance morreu (crônicas, 2007)
Todos estes livros, com exceção de O homem de fevereiro ou março (editora Artenova), foram editados ou reeditados pela Companhia das Letras. Os romances O caso Morel e A grande arte foram publicados (em 1998) pela Record/Altaya, na coleção “Mestres da Literatura Brasileira e Portuguesa”, para venda em bancas. O romance Agosto está na coleção “Mestres da Literatura Contemporânea” (1995) editora Record/Altaya, também para venda em bancas. Romance negro, Feliz ano novo e outras histórias, foi publicado pela Editora Ediouro, Rio de Janeiro, 1996. Na antologia Onze em campo e um banco de primeira, da Editora Relume Dumará, Rio, 1998, foi inserido o conto Abril, no Rio, em 1970, originalmente editado no livro Feliz ano novo. Na antologia Trabalhadores do Brasil, da editora Geração Editorial, Rio, 1998, foi incluído o conto O agente, originalmente editado no livro Os prisioneiros. Na antologia Os cem melhores contos brasileiros do século, editora Objetiva, Rio, 2000, foram publicados os contos A força humana, Passeio noturno I, Passeio noturno II, Feliz ano novo e A confraria dos espadas. A antologia Contos para um Natal brasileiro, da Editora Relume Dumará, Rio, 2001, em companhia de C. D. Andrade, João Ubaldo Ribeiro, Lygia F. Telles e outros, traz conto sobre a data.
PRÊMIOS LITERÁRIOS:
Pen Club do Brasil, A coleira do cão.
Fundação Cultural do Paraná, Lucia McCartney
Fundação Cultural de Brasília, Lucia McCartney
Jabuti (Conto), da Câmara do Livro de São Paulo, A coleira do cão
Associação Paulista de Críticos de Arte, O cobrador
Prêmio Estácio de Sá, O cobrador
Prêmio Goethe (Brasil), A grande arte
Jabuti (Romance) A grande arte
Prêmio Pedro Nava do Museu de Literatura, Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos
Prêmio Giuseppe Acerbi (Mantova, Itália), Vaste emozione e pensie imperfeti
Jabuti (Conto) O buraco na parede
Prêmio Machado de Assis (Biblioteca Nacional), E do meio do mundo prostituto só amores guardei ao meu charuto
Prêmio Eça de Queiroz (contos) da União Brasileira de Escritores, A confraria dos Espadas
Prêmio de melhor romance do ano, da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), para O doente Molière (2000)
Prêmio Luis de Camões, considerado o "Nobel" da língua portuguesa, concedido pelos governos do Brasil e Portugal, pelo conjunto da obra, anunciado em 13/05/2003.14º Prêmio de Literatura Latinoamericana e Caribe Juan Rulfo, concedido durante a Feira Internacional do Livro de Guadalajara - México, em 2003.
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Lou Rawls




Nascido em Chicago, Lou Rawls começou sua carreira como cantor de jazz, lançando seu primeiro álbum, "Stormy Monday", em 1962. Influenciado pela soul music, ele deixou de lado o jazz e, em 1966, gravou o que veio a ser o seu maior hit, "Love is a Hurtin' Thing". Nos anos 70, viveu a fase mais comercial de sua carreira, consolidando-se como um ícone da música vocal afro-americana. Em 2003, gravou o álbum "Rawls Sings Sinatra", interpretando clássicos de Frank Sinatra.
Cantor das belíssimas "Lady Love" e "I see you when i git there".
link bacana

Tears for Fears


O Tears for Fears é uma dupla de rock pop dos anos 80, formada por Roland Orzabal (voz e guitarra) e Curt Smith (voz e baixo). A música da dupla sempre foi criada por Orzabal, principal compositor, que se baseava nas teorias psicanalistas de Arthur Janov (Grito Primal), que deu origem ao nome do grupo.
O grupo se destacou pela versatilidade de temas usados em suas canções, pelo detalhismo e pela vigorosa utilização do
sintetizador. Venderam mais de 20 milhões de discos obtiveram vários discos de ouro e de platina.
Vindos do grupo de
ska Graduate (dissolvida no início da década de 80) o grupo lança, contando com a participação de Ian Stanley nos teclados e Manny Elias na bateria, o álbum The Hurting (1983), onde apresentam uma música mais orientada pelo techno. Mas o álbum de maior sucesso, e considerado a obra máxima do grupo, é Songs from the Big Chair (1985). O disco viria a vender mais de 10 milhões de cópias, e sucessos como Everybody Wants to Rule The World e Shout (ambas atingindo o 1º lugar nas paradas americanas) e Head Over Heels (3º lugar). O grupo sairia em turnê para só depois de quatro anos lançarem outro disco, mais pop ainda do que os anteriores, chamado Seeds of Love (1989). Hits como Sowing the Seeds of Love, Advice for the Young at Heart e principalmente a balada Woman in Chains (lançando a cantora Oleta Adams, antes desconhecida) atingem as paradas.
As diferenças na dupla acarretam muitas brigas e o grupo se separa, e então é lançada a coletânea Tears Roll Down (Greatest Hits 1982-1992). Orzabal (ainda com o nome de Tears for Fears) lança em
1993 o àlbum Elemental, que ainda conseguiu relativo sucesso com Break it Down Again, e Smith lança o fracassado Soul on Board. Seguem-se ainda Raoul and the Kings of Spain (1995, por Orzabal, porém mantendo o nome Tears for Fears) e Saturnine Martial & Lunatic em 1996. A dupla se reencontra em 2003 com a intenção de obter novamente o sucesso, com o álbum Everybody loves a Happy Ending.
Aqui vai o link do album Tears Roll Down
Link para albumElemental 1993
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